sábado, 16 de abril de 2011


greja da Santa Cruz dos Militares

Nas ruínas do forte de Santa Cruz, construído à beira-mar, na Rua Direita (hoje Primeiro de Março) em 1585, foi instalada uma capela pela Irmandade de Sta Cruz, em 1623. A Irmandade fora criada pelos militares do Rio de Janeiro em 1611. A capela, depois de cinco anos de obras, transformou-se em sólida igreja. Serviu de catedral por duas vezes, de1703 a 1704 e de 1734 a 1737, devido às péssimas condições da igreja de São Sebastião, no alto do morro do Castelo.
O corsário francês Duclerc, em 1710, tentou invadi-la, mas acabou sendo capturado perto dela. Duguay-Trouin, no ano seguinte, conseguiu saqueá-la.
Em 1780, foi lançada a pedra fundamental de uma nova igreja que levaria 22 anos para ser concluída. Projetou-a o Brigadeiro José Custódio de Sá e Faria. A talha foi feita por Mestre Valentim, entre 1805 e 1812. A fachada foi inaugurada por D.João em 1811; e a torre sineira, que fica no fundo do prédio, foi inaugurada no ano seguinte. Quando pronta, a igreja constituiu a melhor expressão do barroco jesuítico na cidade.
As estátuas de São Mateus e de São João Evangelista, que tinham sido colocadas nos nichos da fachada, estão hoje no Museu Histórico Nacional.
Em 1828, D.Pedro I concedeu o título de Imperial à Irmandade. Foram provedores o Duque de Caxias, em 1870, e o Conde d'Eu, marido da Princesa Isabel e Ministro da Guerra de Pedro II. Dez bandeiras tomadas ao inimigo na batalha de Avaí, em 1868, foram entregues à Irmandade para serem depositadas na igreja, a pedido dos soldados.
No quadro (acima) do inglês Richard Bates, do séc.XIX, pode-se ver a torre sineira. As fotos, abaixo, mostram a fachada e o interior.
A Igreja da Sta Cruz dos Militares foi tombada, em 1938, pelo IPHAN. Fica localizada na Rua Primeiro de Março, 36, na esquina com a Rua do Ouvidor.


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